"Pior do que uma mulher que fala o que pensa, é uma que escreve."

segunda-feira, 11 de abril de 2011

I'm feeling wings though I've never flown


A cada nova fase da nossa vida temos que nos adaptar, mudar nossos costumes, ajeitar um pouco aqui, mais um pouco ali, se encaixar de uma forma quase perfeita a certa situação que nos é imposta pelos desvios da vida. Mas, existe algo atemporal, uma coisa que nunca irá mudar: suas lembranças. São elas que nos fazem como pessoas, formam aquilo que nos transforma em pálpavel, que é realmente de carne e osso. As vezes são alegres, doloridas, pedagógicas, mas sempre saudosistas.
Eu tenho lembranças muito boas de uma pessoa que conheci, uma pessoa que conviveu alguns anos comigo. Poucos, segundo o tempo que eu desejaria passar. Ele me ensinou muito, me fez bagunças terríveis de sentimentos e me deu vários goles de liberdade. 
Desde sua passagem por um pedaço da minha vida eu tive o direito de dividir essa liberdade com ele (sim, liberdade não é egoísta).
Ele se foi, aquele sentimento tão bom e liberto não. Muito dele permanece em mim. E o que mais grita aqui dentro agora é isso, essa saudade, dessa lembrança tão livre.
Ser livre é, na maioria das vezes e para a maioria das pessoas, aquele lugar tão distante. Aquela famosa "Pasárgada". Mas, pra mim, por um pequeno pedaço da minha vida, ela foi real. 
Hoje, muitas coisas mudaram e a cada minuto mudam. Hoje, aquela liberdade tão próxima tem se tornado um plano para mais tarde. Hoje, me resta a lembrança e a saudade de um tempo que, ainda bem, nunca vai mudar.